Terezinha volta à origem

Por Vicente Filgueira
(Adjunto Esdalvo) 

Jornalista, sem nenhum poder, ao longo de 25 anos, sempre estive ao lado das pessoas que detêm o poder nas mãos: foram dois governadores, quatro secretários de Segurança Pública, dois administradores regionais, seis deputados estaduais e três federais; três senadores, oito juízes de Direito, cinco promotores de Justiça, um secretário da Saúde, dois secretários da Educação, quatro comandantes gerais da PM, 12 delegados de Polícia e inúmeros agentes policiais, além de um delegado federal, diversos oficiais, oito prefeitos e muitos advogados. No Vale, na Doutrina do Amanhecer, há um poder. Convivo com esse poder atualmente e jamais, em toda a minha vida de jornalismo profissional, pude ser testemunha de um amor tão sincronizado e puro como o que mantinham unidos Raul e Terezinha Zelaya. 

Foram dias duros, tensos, intensos e doloridos, quase cem dias de sofrimento e de expectativas entre UTIs e apartamento hospitalar. O descanso desta jornada de dores teve a sua primeira fase cumprida nesta quinta-feira de Corpus-Cristhi. Aos 62 anos, Terezinha partiu de encontro às origens de Missionária, enquanto ele passou a assumir de fato uma nova condição civil como viúvo, ao fazer o enterro da esposa, da Ninfa companheira de todas as jornadas. 

Aqui deixo um recado para o meu filho Fernando Cássio, Adjunto Adoro, e sua companheira Yara Raquel: Não deu para que fizessem o casamento como queriam, aguardando o retorno da nossa querida Tia Terezinha, a verdadeira Pitonisa do Matrimônio. Mas, se unam sim, mesmo na ausência física dela. Certamente, seja qual for a ninfa Pitonisa que ali estiver, o espírito dela despojado do físico, estará realizando esse matrimônio que tanto anseiam, iluminado, abençoado pelo Pai Seta Branca. Com certeza, as muitas lágrimas derramadas pelo Raul - Trino Ypoarã - Raulzinho, Normanda e Nytia e o cansaço acumulado entre idas e vindas e o estresse de quase cem dias foram essenciais para regar o Jardim que Mãe Yara preparou para a Ninfa Missionária Terezinha Zelaya.

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 Palavras de Raul Zelaya ao Jornal do Jaguar, quando ainda não se cogitava essa nova dor da família:

"Estamos vivendo as horas proféticas do grandioso

3° Milênio, por isso nós temos que ter perseverança e

confiança em tudo o que a nossa Doutrina nos traz. É

preciso entender todo o contexto e, mais do que nunca,

num ato de fé, da fé de um povo que está predestinado

na linha do Cristo Jesus. Precisamos confiar nossas vidas

e nossas dores ao sistema que nos assiste e

empenharmos todos os nossos esforços no labor da

caridade, da cura e do amparo a todos que nos

procuram, mesmo aqueles cujo desespero ainda é

silencioso. Diante desta postura, com certeza, o que é

nosso será devidamente cuidado. Salve Deus! Esperança,

meus irmãos, existe muito esperança se renovarmos e

ampliarmos a nossa bendita ação. Salve Deus!"